sábado, 12 de agosto de 2017

Valhalla Rising

"O garoto disse que ele veio do inferno... Talvez seja pra onde estamos indo."
Dirigido por Nicolas Winding Refn, Valhalla Rising é um filme sobre esse cara caolho de poucas palavras (Mads Mikkelsen) que mata pessoas na pura violencia. Depois de fugir da escravidão de alguns caras celtas, ele e um garoto encontram alguns guerreiros que desejam ir para Jerusalém e lutar nas Cruzadas. Os dois decidem acompanha-los.
Embora tenha uma história simples, o negócio aqui é o visual, o forte desse diretor. A história é contada com poucos diálogos, na verdade o personagem principal não fala nada. Esse filme parece uma mistura de "Aguirre - A Cólera dos Deuses" e um filme fodido de arte. O filme é dividido em capítulos que dividem os momentos principais da trama e aumentam a expectativa cada vez que aparecem.
Sobre as atuações, não tem muito o que dizer do Mads Mikkelsen, o cara é mesmo um tesouro vindo da Dinamarca, sempre bem em tudo o que faz. O resto do elenco é convincente, tem algumas cenas muito interessantes num barco e numa floresta em que os personagens passam por grandes conflitos e todos se saem bem.
Como a maioria dos filmes de arte, esse é uma experiencia visual diferente dos filmes de Hollywood, tudo é reflexivo e talvez um pouco niilista, de certa forma. Por isso que talvez eu faça um paralelo com Aguirre, visto que aquele filme também se desenvolve dessa maneira. 
O início tem umas cenas bem sanguinárias e violentas, mas elas não são muito exageradas, elas servem seu propósito de nos inserir no mundo desse filme. A única coisa que eu achei meio over foi justamente esse elemento de art house mais pro fim do filme, que ficou proeminente demais e desnecessário, a história caminharia sem nenhum problema sem aquilo, mas enfim, é art house, sempre tem esse tipo de coisa nesses filmes. Esse filme foi interessante e valeu a pena
Eu recomendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário