terça-feira, 25 de julho de 2017

Sobre Tenebrismo, Preto Absoluto e Cores

"Velha amiga escuridão...
Vim pra de novo conversar..."


Dá pra notar já pelo título meio PC Siqueira que essa postagem será diferente das outras, não vai falar de um filme em específico. Esse post está mais para uma análise sobre os temas do título.

Para começar, Tenebrismo é um nome que alguns estudiosos dão para algumas artes em chiaroscuro que vão ao extremo, usando luz e sombras com alto contraste. Pinturas de Rembrandt, Caravaggio e Gerard Van Honthorst (conhecido também como Gherardo Delle Notti, um dos meus favoritos) são consideradas obras "tenebristas".
Taking of Christ, de Caravaggio
Christ in the storm on the Lake of Galilee, Rembrandt
Adoration of the Shepards, Honthorst
Uma coisa importante sobre essas obras tenebristas é que elas geralmente alcançam o que eu chamo de "preto absoluto", não é a tinta mais preta de todas, mas sim a dominância de um escuro puro, onde não se enxerga o que há ali dentro da penumbra negra. Existem vários exemplos de obras de arte que se valem desse estilo, com muita escuridão e pouca luz, e é um dos estilos que eu pessoalmente mais gosto. Partindo para o cinema, estilos onde a escuridão predomina são velhos conhecidos dos cineastas, sendo usados muito nos filmes do Expressionismo Alemão e principalmente no desenvolvimento dos filmes Noir, que basicamente se inspiraram no trabalho dos expressionistas, criando filmes com alto contraste.
A Marca da Maldade, de Orson Welles
Mensageiro do Diabo, de Charles Laughton
E esse estilo inspirado no Tenebrismo continua a inspirar cineastas hoje em dia, que eram fãs de Noir e filmes expressionistas, podemos ver esse estilo em vários filmes atuais.

Logan, de James Mangold
True Detective, de Nic Pizzolato
Babadook, de Jennifer Kent
Mas por que eu decidi falar sobre um estilo artístico que é basicamente o extremo do chiaroscuro, e que inspirou vários filmes de diferentes estilos? A verdade é que eu sempre gostei desse estilo de arte e desses filmes, mas algo que eu assisti hoje foi o gatilho para colocar minha mente pra funcionar. E qual obra de arte que mudará o mundo seria essa?
Isso mesmo, Resident Evil Vendetta. O filme em si é só uma animação divertida com os personagens do jogo de videogame, e eu estava curtindo os primeiros 2 minutos, até perceber o erro temível dessa animação, a pura falta de contraste. Isso incomoda um pouco e de alguma maneira vem tomando os filmes da atualidade, mas primeiro vou mostrar o que Resident Evil fez:
Assim que o filme é
Assim que devia ser
Pode parecer pouca diferença, mas já faz o filme ficar muito mais tolerável e bonito visualmente. Outro exemplo:
O filme normal
O filme com maior contraste
E o pior é que o filme em momentos fica melhor nessa questão, especialmente mais perto do final.
Por exemplo, nessa cena acima podemos ver o preto absoluto, não se trata apenas de tons de cinza, que deixam o filme acinzentado e chato de se olhar, igual um dia nublado. Aqui temos um bom contraste que deixa a cena viva e bonita visualmente. Mas isso não acontece com tanta frequência nesse filme.
Uma cena potencialmente bonita, mas esquisita por falta de contraste
E esse erro se acentua ainda mais quando os próprios jogos da franquia não tinham esse tipo de erro, mesmo os mais acinzentados deles.
Como RE 5, que ainda era um jogo um pouco cinza.
Quando bem usados, o claro e o escuro engrandecem cenas e dão um tom de dualidade as narrativas, além de deixar os filmes mais bonitos. Muitos filmes hoje em dia são filmados com câmeras digitais, que captam o máximo possível, logo elas deixam todos os filmes com essa aparência meio cinza que dá sono. Porém basta apenas uma pequena manipulação de contraste para ajustar esse pequeno erro, o problema é que as pessoas acreditam que os filmes ficam mais realistas se eles não tiverem cor e serem cinzas e chatos. O que não influencia em nada, existem filmes "realistas" que não são monótonos e sem graça em seu visual.
Como Estrada Para Perdição, de Sam Mendes, que também dirigiu Skyfall, outro filme bonito visualmente
E aqui temos Seven, de David Fincher
Um dos filmes mais bonitos que existem no mundo é uma obra de Stanley Kubrick chamada Barry Lyndon, é um filme que foi feito de maneira que seu visual emula as pinturas da renascença, incluindo aí momentos de perfeito tenebrismo.
Barry Lyndon, de Stanley Kubrick
The Concert, de Hendrick Ter Brugghen
Mas como eu falava de filmes chatos e sem graça, vou jogar um filme aí que é visualmente bem sem graça, não existe nenhum preto absoluto e as cores parecem mortas, e esse filme parece se contradizer de todas as formas possíveis. É nada mais nada menos que Capitão América: Guerra Civil.
Nada é mais cinza que essa cena
Sim, um filme de super-herói divertido e leve. Mas esse filme é tão leve que simplesmente nada é escuro, mesmo as cenas em locais fechados são no máximo cinza escuro, nunca se vê o preto absoluto. O visual desse filme é simplesmente "nhé", nenhuma cor salta da tela, tudo parece morto e sem graça num cinza infinito que cobre todo o filme. O que é estranho para um filme de heróis com uma pegada leve, por que ele quer atingir essa visão realista? É um filme que briga consigo mesmo e por isso as ações são memoráveis, mas quase nunca as imagens. Em comparação...

Isso mesmo, Batman V Superman, embora tenha um roteiro todo errado, ele tem um sujeito por trás dele, Zack Snyder, e se tem uma coisa que o Zack Snyder entende, são os visuais de seus filmes. As pessoas reclamam que Batman V Superman é um filme sombrio demais, mas ele cria contraste, podemos ver o preto absoluto e as cores saltam um pouco mais do que em Capitão América. Essa imagem do filme parece que saiu de uma pintura do Tenebrismo, tanto em cores quanto em técnica de chiaroscuro. E não é a primeira vez que Zack Snyder faz algo assim, todos os seus trabalhos são bonitos visualmente, com contrastes e cores certas. Madrugada dos Mortos, Watchmen e 300 são exemplos do que ele é capaz de fazer.
Aqui a cena do filme
E aqui um poster sem os efeitos
Guerra Civil apanha nesse quesito até para outro filme da Marvel, Guardiões da Galáxia Vol. 2
Essa cena aleatória é mais interessante que a cena inteira do aeroporto em Guerra Civil
Percebe as cores vivas e o contraste? A diferença é gritante, Guardiões da Galáxia Vol. 2 é infinitamente mais bonito e interessante de se olhar, e isso que eu nem usei nenhuma cena absurda do filme, essa é apenas uma ceninha do começo do trailer do filme onde não aparece nada importante.
Tem vezes em que estilo demais também incomoda a trama e se mostra desnecessário, tenho o exemplo perfeito disso, um fan film que eu dei uma reeditada, só de brincadeira, pra ficar mais parecido com uma pintura tenebrista. Embora eu tenha alcançado o resultado que esperava, o filme não ganhou em nada com essa edição e continua muito melhor em sua versão original. O filme é o seguinte:

Pode-se ver que a minha versão foi inspirada no Tenebrismo, principalmente nas pinturas de Gerard Van Honthorst. Mas essa versão em nada ajuda na trama, na verdade tira o foco dela, deixando-a estilística demais, quando a versão comum já era o suficiente, algumas vezes menos é mais. Só pra constar, o fan film em si é o seguinte: 
https://www.youtube.com/watch?v=J8GciyG1tNM&t
Para finalizar, eu só quero mostrar mais uma pequena edição que mostra o quanto a valorização das cores e o chiaroscuro podem trabalhar para criar um visual mais bonito. Tome o exemplo da foto desse cosplayer:
E agora veja como ela fica muito mais viva e bonita com o aumento do contraste e uma mexida na saturação.


Bem, eu ainda queria falar um pouco dos Irmãos/Irmãs Wachowski e como elas trabalharam com o Tenebrismo em Matrix, ou como usaram as cores pra criar efeitos surreais em Speed Racer, mencionar O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford, falar um pouco sobre desenhos e animes, sobre Tim Burton e seu estilo gótico e também sobre como Christopher Nolan ajudou a expandir essa epidemia dos filmes cinzentos, mesmo ele não deixando seus filmes serem muito cinzentos, mas acho que meu ponto já está feito. A falta de cor e contraste deixa os filmes de hoje em dia sem graça. E é por aqui que eu fico, com o post mais comprido da história do Homem dos Filmes...

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Cães Selvagens

"Eu não sou um cara violento"
Eu sinceramente não sei como descrever por exato esse filme... É um misto de filme de arte com comédia e filme de gênero... Uma mistura de formalismo artístico e realismo. Eu não sabia de nada sobre esse filme, só sabia que estrelava dois atores que eu respeito, Nicolas Cage e Willem Dafoe, portanto, vamos falar logo um pouquinho da história.
A história gira em torno de 3 criminosos que passaram um tempo juntos na cadeia e agora estão planejando um novo golpe, visto que a vida de todos eles estão ferradas. O líder é Troy (Nicolas Cage, que surta um pouco menos nesse papel, mas ainda dá umas piradas aqui e ali), ele é o cara mais centrado dos tres e ele que arma os negócios. Temos Mad Dog (Willem Dafoe, sempre incrível), um sujeito estranho, sociopata e emocionalmente instável. E por último, temos Diesel (Christopher Matthew Cook), um cara grande e forte, mas ainda assim inteligente. Esses tres personagens com diferentes personalidades vivem se enfiando em situações de humor e até em tragédias.
O diretor é Paul Schrader, conhecido pelo remake de Sangue de Pantera e pela história de Taxi Driver e Touro Indomável, aqui ele toma um estilo bem misturado mesmo (o que lembra o trabalho dele na versão de 90 de Cat People, porra, eu nunca vou conseguir parar de fazer referencia ao David Bowie, não é?)

Uma coisa que eu achei muito estranha foram algumas escolhas, não pelo misto de cores vivas e preto e branco, ou humor e violencia misturados, mas algumas escolhas da história são estranhas, principalmente perto do final do filme, coisas acontecem do nada, parece quase uma comédia de situação. E é esse estilo meio esquisito que atrapalha um pouco o filme, uma hora ele parece um negócio realista e do nada pula pra um estilo de absurdo e volta pro realismo ou ao contrário. Eu não sei ainda o que pensar desse estilo de filme.

As atuações funcionam, o Willem Dafoe é um daqueles atores que quando aparece, não rouba a cena, rouba o filme todo, e parece se divertir com esse personagem. Nicolas Cage não está mandando o seu máximo em questão de loucura, mas esta bem nesse filme. Mas mesmo assim, creio que as audiências do cinema pipoca não vão curtir esse filme com facilidade. Mas como eu quase sempre dou prioridade a experiencia e como ela não foi muito negativa, eu posso dizer que Cães Selvagens foi divertido e interessante. Parece um live action de GTA V em alguns momentos e parece uma versão de Trainspotting em outros.
Eu recomendo. Ah inclusive, vá e tire suas próprias conclusões sobre esse filme, será um filme ruim com bons atores ou um filme bom com uma linguagem diferente? Vá em frente!

terça-feira, 11 de julho de 2017

Logan

"Não seja o que fizeram de voce..."
Finalmente fizeram o filme do Wolverine que todo mundo queria ver. O baixinho sempre foi meu herói favorito e eu sempre tive ressalvas com seus filmes solo, e até com alguns filmes da série original dos X-Men (sabe aquela trilogia lá, aquela que trocaram por uma que não tem nada demais fora duas cenas do Mercúrio, que basicamente copiaram a abertura de X-Men 2?), mas aqui, os caras realmente acertaram. A história foi adaptada de outra velha conhecida, Velho Logan, onde o Wolverine que conhecemos abandonou tudo e tem que cruzar os USA com um Gavião Arqueiro cego, transformando tudo num road movie em quadrinhos. Bem, aqui é a mesma coisa, só que com o Xavier.
Inclusive, tem uma versão Noir desse filme, que é muito linda, mas voce perde um pouco da brutalidade e do sangue que tem a versão comum, incluindo aí os olhos injetados do protagonista.
E essa imagem aí mostra tudo, o cara tá acabado, e agora tem que lutar pra levar essa garotinha pra um certo lugar, típico road movie, mas esse filme é muito mais legal, pegando inspirações em faroestes e levando a violencia ao máximo. Pra voce que sempre quis ver um cara com laminas nas mãos, entrando em berserker e matando tudo o que ve na frente, esse filme finalmente te entrega isso.
Eu não quero muito falar da história, até porque não é complicada, voce só precisa saber que se passa num futuro onde todos os mutantes morreram, mas sobraram aí nessa conta 3, Wolverine, Xavier e Caliban, que estão vivendo tranquilamente até cair do céu essa garotinha que eles tem que salvar.
Sobre os personagens, o Wolverine tá nas últimas, ele não liga mais, ele mata mesmo e cai fora, está cansado e não quer mais saber de nada. O Xavier continua o mesmo careca alto astral, só porque agora ele tá doente e ficando doido, ele é a bússola moral do Wolverine, e age como uma figura quase de pai mesmo. Caliban aparece menos que os outros, ele é mais fraco que o Wolverine e é um bocado mais engraçado. Temos o vilão, interpretado pelo Boyd Holbrook (O cara de Narcos, da Netflix), que é mais um pistoleiro jovem que tem certo respeito pelo Wolverine, mas mesmo assim entra em conflito com o mesmo e por fim temos a garotinha, Laura, que manda ver, ele é a garota que o Wolverine precisa proteger, mas sei lá, ele entra louca na ação junto e deixa as cenas de ação do filme muito mais divertidas.
A trama se desenrola como um faroeste mesmo, tomando tempo pra desenvolver o drama de cada personagem, tudo sempre culminando na batalha, que seria o equivalente aos duelos, só que no final ele manda um Meu Ódio Será a sua Herança, com uma gigantesca batalha final, e tão sangrenta quanto. Basicamente nos entregaram o filme do Wolverine dirigido pelo Sam Peckinpah que todo mundo sempre quis (Só que sem o Clint Eastwood, mas o Hugh Jackman não fica pra trás). Outro ponto positivo é a dublagem, os caras realmente não se seguraram nos palavrões e não é raro ver o Wolverine soltando um porra ou um filho da puta ocasional, e chamaram o dublador dele, Isaac Bardavid, pra dublar novamente Hugh Jackman. E falando sobre o Hugh, o cara já tinha me convencido que era um ator incrível em Os Miseráveis, e aqui ele entrega tudo, mostrando que é mesmo um cara do alto escalão de Hollywood. Eu realmente gostei desse filme, o visual é ótimo, encaixa perfeitamente com o filme, até na versão em preto e branco. A construção dos personagens é ótima e crível, voce percebe a passagem do tempo e a situação de cada um. O único quesito que deixa um pouco a desejar é o vilão. Tem um certo plot twist na metade que eu achei que ia estragar o filme, mas na verdade é super justo, sabe, não é a ideia mais original do filme, mas funciona bem, não incomoda em nada.
Esse filme é fod@
Eu recomendo!

Kong: A Ilha da Caveira

Parece que como uma fera antiga babilonia ou algum tipo de fenix com uma doença que apaga sua chama muito mais rápido do que o normal, mas devido a sua natureza imortal, sempre volta, esse blog parece ser a mesma coisa. Mas sobre o que falaremos nesse episódio? Por que não sobre um filminho de ação que está tentando estabelecer uma franquia no cinema? É, acho que isso não significa muita coisa mesmo, todo filminho de ação vem tentando isso há um tempo... Mas o filme que me refiro é:
Eu nem queria ver esse filme pra falar a verdade, no início. Mas o tempo foi passando e eu acabei descobrindo que a mente por trás desse filme, Jordan Vogt Roberts, é ninguém menos que o diretor de um vindouro filme que adaptará a franquia de games "Metal Gear" para o cinema. Um sujeito num projeto desses provavelmente não faria um filmeco caça-niqueis. E sim, minha lógica estava correta! Kong não é um desses odiosos filmecos com um personagem clássico na capa feito só pra arrancar uns trocados do bolso de um imbecil como o telespectador amante de cinema. Então como é o dito filme? Vamos começar do começo.
John Goodman é um cara que quer ir até a lendária Ilha da Caveira para provar que o cacete do macacão tá lá, e aí ele junta um grupo de soldados e mais uma galera aleatória pra ir pro cacete da ilha (Aparentemente nessa continuidade, o filme de 33 não existe, ou seja, Kong nunca foi visto pelas pessoas). E é óbvio que chegando lá, dá tudo errado e esse filme fica parecendo O Mundo Perdido: Jurassic Park, só que sem o parque e sem dinos. 

Então os soldados tem que sobreviver nessa ilha, enfrentando os mais diversos perigos. Parece clichê, e é um pouco, mas o diretor faz com maestria, deixando tudo super dramático e exagerado, soltando a camera lenta e usando cores vivas. Outra parte interessante que ajuda em criar a atmosfera do filme são as músicas, ouvimos David Bowie e Creedence, até Black Sabbath rola uma hora, sem dúvida, escolhas que encaixam em suas cenas e ajudam a deixar o filme pop de alguma maneira. Outra parte interessante do filme são os personagens, temos o odioso vilão do Thor em pessoa, Loki, ou Tom Hiddleston para os íntimos, fazendo um tipo baseado em Apocalypse Now (O nome do personagem entregou a referencia), ele é um caçador rastreador ou algo do genero e vai com a equipe graças as suas habilidades. Temos Samuel L. Jackson, o Nick Fury, aqui num personagem sangue nos olhos, ele é um militar já mais velho que decide destruir o macaco. Temos Brie Larson, a futura Capitã Marvel (Parece que os caras chamaram o time todo mesmo, só faltou uma Jóia do Infinito pra isso aqui ser Vingadores 11), aqui interpretando uma fotógrafa de guerra, e se tem alguma explicação pra ela estar ali, eu perdi, ela pode fotografar o monstro, mas não ficou muito claro o porque de levarem ela, sendo que o personagem do John Goodman já estava filmando tudo.... Enfim. Temos John C. Reilly, interpretando um maluco que ficou preso por anos na ilha e que tem uma katana, ou seja, é o papai noel loucasso. E pra acabar, temos Toby Kebbel interpretando um soldado que fica perdido sozinho na ilha e fazendo também o próprio Kong por captura de movimento.
Eu me diverti pra cacete nesse filme, tem aspectos que poderia ser melhor, não curti os monstros vilões, mas curti todo o resto da vida na ilha, as criaturas neutras tem a aparencia muito mais interessante que as criaturas dos buracos lá. Mas esse Jordan provou que se tem alguém que pode adaptar Metal Gear, ele é sim uma escolha viável, tem inclusive referencias aos jogos nesse filme. A cena que mais me lembra é uma em que um personagem observa as chamas, como ocorre em Metal Gear Solid V:
Enfim, um blockbuster divertido pra cacete, com personagens legais e divertidos, ação bruta e violenta daquele jeito legal de se ver e muito bonito visualmente. Agora, outra coisa é, não vamos comparar esse filme aqui com o épico de Peter Jackson, não estão nem tentando fazer a mesma coisa, os dois não se conectam em nada, nem em temas e nem em atmosfera. Outra coisa importante de se dizer é que sim, esse filme conecta com Godzilla e tem uma ceninha pós-creditos (Spoiler: Basicamente revelam que o Rodan, a Mothra e o Godzilla vão enfrentar King Ghidorah num próximo filme).
Eu curti muito esse filme, foi mais do que eu esperava.
Eu recomendo.